06 julho 2010

Sobre esporotricose

Sobre esporotricose
Há tempos os jornais cariocas O Globo e JB publicaram matérias sobre estudo liderado por Tania Maria Schunbach e Armando de Oliveira Schunbach, da Fundação Oswaldo Cruz, sobre a esporotricose, doença causada por um fungo e por eles chamada de "doença do gato". O tratamento dado ao assunto foi, como foi a própria pesquisa, apelativo e tendencioso.
Carta da médica veterinária Dra. Andrea Lambert aos jornais
Não se pode chamar a esporotricose de doença do gato! O gato é simplesmente uma das espécies entre as muitas que adquirem esta doença. A esporotricose é uma doença na qual o agente é o fungo Sporothrix schenckii, que é encontrado em plantas em várias partes do mundo. Muitas espécies, incluindo cavalos, gatos, cães, animais silvestrese o próprio homem podem adquirir esta doença através de pequenos ferimentos no contato com plantas contaminadas e a infecção ocorre quando há inoculação do fungo no tecido subcutâneo por meio de pequenos traumatismos.
O gato pode adquirir a doença através das plantas, brigas com outros animais e portanto quando infectado pode transmitir a esporotricose através de arranhões. Esta doença é conhecida por atingir jardineiros, floristas e agricultores e a infecção pode ficar limitada ao local de inoculação (esporotricose em placa) ou estender-se ao longo dos canais linfáticos proximais (esporotricose linfática).
O gato é um animal já perseguido e vítima de vários preconceitos e abordar um assunto como este de maneira tendenciosa só aumenta o preconceito contra o gatos e o abandono dos mesmos nas ruas e abrigos, piorando a situação. Medidas devem ser tomadas para o controle de qualquer epidemia, medidas profiláticas e com atendimento adequado das pessoas envolvidas, sem levar ao preconceito. Um maneira de evitar a contaminação dos gatos pela esporotricose é esterilizá-los para que não briguem nem saiam para a rua, e não se infectem com plantas contaminadas com o fungo. Foi importante o estudo realizado, até para controlar esta doença nas regiões onde ocorreram os casos e evitar que novos gatos e seres humanos sejam atingidos, porém deve se ter muito cuidado para evitar que mais uma vez esta espécie seja prejudicada, aumente a perseguição e os casos de maus tratos a que são vítimas. A esporotricose tem cura e quanto mais rápido for iniciado o tratamento, mais fácil é a cura. Cordialmente,
Andréa de Jesus Lambert, médica veterinária CRMV-RJ-4123

Sobre o Autor

Manuel Veloso
Manuel Veloso é utilizador do Blogger desde Janeiro de 2008. Fundou o Rascunhos Blogger a 28 de Março de 2010. É fã de Tecnologias, Internet e Informática em Geral. Estuda por um futuro promissor, escreve no Rascunhos Blogger e no seu blog pessoal. Veja o seu site aqui.

0 comentários:

Powered By Blogger

Personalizado por Rascunhos Blogger